Grafite ou grafito(do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais.
Espanha - Forum de Barcelona 2004-
foto Vincent Ramos
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean Michel Basquiat, que, no final dos anos 70, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX. Atualmente no século XXI, muitas pessoas usam o grafite como arte em museus de arte. As pinturas de Basquiat ainda são influência para vários artistas e costumam atingir preços altos em leilões de arte.
Trailer do filme Basquiat de 1996
Artistas Grafiteiros especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, comparando o grafite com a pichação, pois em diversos países ambos configuram crime de vandalismo quando realizados sem a devida autorização, tanto em propriedade pública ou privada.
Hoje a arte de rua é aceita a ponto de ocupar galerias e museus (como prova a coletiva De Dentro para Fora/De Fora para Dentro, no Masp), parte da responsabilidade é de Gustavo e Otávio Pandolfo. Sob a alcunha osgemeos, os irmãos, que começaram grafitando seus bonecos de cabeção amarelo nos muros e viadutos da cidade, exibem suas criações em algumas das instituições mais prestigiadas do planeta.
“Grafite se aprende na rua. Nesse sentido, São Paulo foi uma grande escola”, explica Otávio. “Quando vamos para fora, levamos um pouco daqui conosco”, completa Gustavo
Estrangeiro - Vale do Anhagabau -SP
Osgemeos
Embora autoral, o grafite e é arte intrinsecamente democrática. O desenho fica exposto a toda população sem distinção ou restrição – basta olhar a cidade. A efemeridade lhe insere um sentido de desprendimento. A noção de posse da obra é eliminada.
“O graffiti mantém um diálogo muito rico entre os transeuntes e o poder público. Levanta questões sobre de quem é a cidade. Resgata o verdadeiro conceito de público”.
É sempre muito curioso como as pessoas se relacionam com as imagens. O grafite ocupa o espaço e interage o tempo inteiro. Desde pautar olhares transgressores e reflexivos até situações engraçadas. Quem nunca, por exemplo, ao indicar um caminho, disse “olha só! pega a primeira esquerda e vira na quarta a direita, na rua onde tem um graffiti bem colorido na esquina”. Ou ficou surpreso ao se deparar com a frase o amor é importante, porra!
O grafite humaniza e transforma o espaço urbano.
Estação Palmeira do teleférico
Complexo do Alemão. Rio de Janeiro
foto de Tonho Crocco
Fonte de pesquisa: Wikipédia.Enciclopédia Livre.
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